Saiba mais sobre dificuldade alimentar infantil
Seus filhos têm dificuldade em se alimentar corretamente? Confere o texto que a fonoaudióloga especialista em dificuldades alimentares Catia Vargas escreveu para o site. Quando vemos alguém cozinhando (os vídeos da Mari são mara!), cercada de
Seus filhos têm dificuldade em se alimentar corretamente? Confere o texto que a fonoaudióloga especialista em dificuldades alimentares Catia Vargas escreveu para o site.
Quando vemos alguém cozinhando (os vídeos da Mari são mara!), cercada de ingredientes maravilhosos, coloridos, diferentes…tudo isso nos chama a atenção. Se for ao vivo, ainda somos atraídos pelo cheiro e já salivamos, não é mesmo?
Os sentidos ativam e mandam comandos para os nossos nervos motores do ato de engolir – a deglutição. Com esse reflexo corporal disparado, o processo de deglutição se inicia, antes mesmo de comer.
Quando tratamos sobre a dificuldade alimentar infantil, falamos de crianças neuroatípicas, prematuras, com doenças crônicas, intubações prolongadas, doenças do refluxo gastroesofágico e/ou alergias alimentares.
Essas crianças podem apresentar aversão, seletividade alimentar ou disfagia, que é a dificuldade do alimento fazer o caminho para o esôfago, levando os pais ao desespero em qualquer um dos casos e tornando a hora das refeições um verdadeiro caos.
Porém, antes de falarmos das causas e consequências desses tipos de dificuldade, neste texto vamos focar em tudo o que vem “antes” de comer. Ao tratarmos crianças com dificuldades alimentares, as vivências e experiências com o mundo culinário são extremamente necessárias.
O “processo de aprendizagem para comer” se inicia com o visual:
– Monte uma mesa com pratos bonitos;
– Sirva os alimento de forma lúdica: árvores de couve-flor, por exemplo;
– Faça a criança sentir os cheiros, perceber as nuances visuais ou sentir as texturas com as mãos.
Essas experiências são muito importantes para perder o medo que pode bloquear o momento de se alimentar, para a criança saber o que vai sentir quando levar a boca e, assim, ativar a memória intrínseca.
Nunca force a alimentação. Respeite a criança e, em casos de necessidade, procure ajuda de um profissional especializado. Comer bem, não significa provar mil alimentos às lágrimas, de forma obrigada, mas sim, deixar a criança aproveitar esse momento, com prazer e saboreando. E, possivelmente, com sujeira. 😉
Texto escrito por Catia Vargas, fonoaudióloga especialista em atendimento de pacientes com dificuldades alimentares e criadora do primeiro Planner Alimentar Infantil.