Ei, você, que usa Instagram! Já deve ter visto os milhares de filtros super divertidos que estão disponíveis lá pra usar nos stories, né? Então, eu vim problematizar isso! Sim, isso mesmo! Mas prometo não ser chata na minha análise. O que vim trazer é só uma reflexão bem rápida mesmo.

Os filtros do Instagram surgiram de forma bem inocente e como uma brincadeira. A gente podia meio que se fantasiar com orelhas de cachorro, cara de gatinha, óculos diferentes. Mas logo surgiram os filtros que fazem praticamente uma cirurgia plástica digital no nosso rosto. E, por mais inofensivo que isso possa parecer, eles mudam a forma como a gente se vê e mexem diretamente com a nossa autoestima.

Conversando com algumas amigas percebi alguns comentários como: “queria ser igual ao filtro” ou “fiquei triste quando desliguei ele e voltei ao normal”. Alguns filtros nos transformam. E muito! Colocam cílios postiços, aumentam a boca, afinam o nariz, mudam o formato do rosto. E muitas vezes acabam fazendo com que a gente não se sinta mais tão bonita sem eles. Aparecer com a cara lavada e sem filtro se tornou um ato de coragem.

Recentemente, um fenômeno chamado Snapchat dysmorphia mostrou que muitas jovens mulheres norte-americanas estão indo pra faca, consultando com cirurgiões plásticos e levando fotos delas mesmas com filtro, mostrando como querem ficar e parecer. O número de cirurgias pra alterar coisas no rosto aumentou significantemente nos últimos anos, e muito em função disso.

Então, o meu intuito com esse texto é falar que tu é linda sem filtro, sim! Que os nossos narizes, nossos olhos, nosso rosto é lindo do jeito que é! Não estou querendo cagar regra e dizer pra não usar. Longe de mim isso! Eu mesma sou usuária e me divirto muito. Mas não se deixem levar por isso! Com infinitas opções de filtros e mudanças imediatas e digitais a nossa volta, que a gente aprenda a se enxergar e a mostrar pro mundo a nossa beleza real e natural, que filtro nenhum consegue melhorar. O que nos faz tão especiais é justamente o fato de sermos únicos, do jeito que somos!