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Açúcar ou adoçante? Qual é o melhor?

Você saberia dizer qual a melhor alternativa? Confere o texto da nutricionista Claudia Cervi para descobrir e esclarecer outras dúvidas sobre o assunto! Açúcar é o termo utilizado para o carboidrato com sabor adocicado, formado principalmente

Você saberia dizer qual a melhor alternativa? Confere o texto da nutricionista Claudia Cervi para descobrir e esclarecer outras dúvidas sobre o assunto!

Açúcar é o termo utilizado para o carboidrato com sabor adocicado, formado principalmente por sacarose, mais comumente a partir da cana-de-açúcar, beterraba ou coqueiro (coco). Entre os tipos existentes no mercado, temos: refinado, de confeiteiro, cristal, light, mascavo, demerara e orgânico. Importante salientar que os açúcares, independentemente do tipo, devem ser consumidos com moderação, já que, quando falamos em calorias e em índice glicêmico, são todos muito parecidos. O que diferencia um tipo de outro é a quantidade de nutrientes e o uso de ingredientes artificias, adubos, fertilizantes químicos e/ou agrotóxicos durante o processo de produção.

Quanto mais fino e branco o açúcar for, menos nutrientes possui, devido ao processo de refinamento. Já os mais escuros (mascavo, demerara e de coco) mantêm boa parte de seus nutrientes e têm sabor mais acentuado. O açúcar de coco, obtido a partir da seiva do coqueiro, é um alimento minimamente processado, não passa por refinamento, possui maior teor de vitaminas e minerais e índice glicêmico mais baixo que os demais. Apesar disso, é muito mais caro, o que pode deixar de ser um atrativo na hora da escolha do produto.

De acordo o Ministério da Saúde, os brasileiros consomem, em média, 80 g de açúcar por dia, o equivalente a 18 colheres de chá, enquanto o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de no máximo 50 g. Como consequência disso, aumentam as chances de doenças como obesidade, diabetes, síndrome metabólica e câncer. Assim, surge a pergunta: “será que não seria melhor utilizar os adoçantes?”

Os edulcorantes (popularmente chamados de adoçantes) são definidos como substâncias naturais ou artificiais, com pouco ou nenhum valor energético, diferentes dos açúcares e que conferem sabor doce aos alimentos. Foram desenvolvidos especialmente para os diabéticos e pessoas que, por algum motivo específico de saúde, não podem consumir açúcar.

Alguns exemplos de edulcorantes naturais são: sorbitol, frutose, stévia (esteviosídeo), polióis (maltitol, sorbitol, manitol, eritritol, xilitol) e taumatina. Alguns exemplos de artificiais são: sacarina, ciclamato, aspartame, acessulfame k e sucralose. Apesar de pouco calóricos, é
essencial ter cuidado com o seu consumo, principalmente dos artificiais. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o consumo frequente desse tipo de produto pode causar diversas doenças, incluindo câncer, e efeitos colaterais, como dores de cabeça, mal-estar, alterações no humor e diarreia. Os naturais, como o xilitol, são extraídos de plantas, flores, algas ou frutas e parecem ser seguros para a saúde à longo prazo, por isso podem ser considerados bem mais vantajosos em relação aos artificiais. Porém, para algumas pessoas, podem trazer efeitos colaterais, como gases, distensão abdominal e diarreia, não sendo indicados para quem possui síndrome do intestino irritável ou intolerância aos FODMAPS.

É importante salientar que sempre que se deparar com um produto light, diet ou zero, é preciso observar a lista de ingredientes para descobrir qual componente está em quantidade maior e comparar seus valores nutricionais com os dos produtos tradicionais. Os chocolates diet, por exemplo, podem ser mais calóricos do que os tradicionais, pois normalmente têm gordura vegetal hidrogenada adicionada à sua composição. Além disso, alguns adoçantes são desaconselhados para determinados grupos de pessoas: o acessulfame-K deve ser evitado por
quem tem problemas renais, o ciclamato de sódio pelos hipertensos, e o aspartame por pessoas com fenilcetonúria. Ainda, crianças, adolescentes, gestantes e lactantes devem ter a orientação de um médico ou nutricionista antes de consumir adoçantes artificiais.

Independentemente da escolha, quando consumidas em grandes quantidades, nenhuma das opções é interessante para a saúde. O que importa é frequência e quantidade ingerida. A dica é: se você realmente sente a constante necessidade de consumir doces e de adoçar alimentos e bebidas, repense a sua alimentação e procure reduzir os excessos, mas
sem ser radical! Nosso paladar é totalmente adaptável e, depois que você descobre o sabor natural dos alimentos (comida de verdade!), raramente sentirá a necessidade de usar açúcar ou adoçante no dia a dia.

* texto escrito pela nutricionista Cláudia Cervi.

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